sexta-feira, 29 de julho de 2011

O que menino e a menina tem

- Noninho... menino tem pimpim e menina tem o que?

O vô sem saber o que  responder, começou a gaguejar e respondeu:
- Bom... é... menina.... menina... eu não sei...
- Ai noninho, menina tem perereca.
- Verdade Lorenzo, verdade!
Depois de alguns minutos pensando, conclui:
- Sabe que eu tava pensando, menino tem pimpim, menina tem perereca... mas todo mundo tem bunda.
Quem são:
Lorenzo, 5 anos e
Vô Carlos, alguns anos mais que 50.

Quem me contou:
Daniela, alguns anos mais que 30.

domingo, 24 de julho de 2011

Você está vendo também?!

Semana passada passei a tarde com meu sobrinho Léo. Fomos para a recreação do shoping e estava vazia. Ele entrou, brincou sozinho, então eu entrei, e comecei a brincar com ele.


- Dindo, vamos brincar?
- Sim Léo, mas qual brincadeira?
- Vamos brincar de guerra. Nós somos os azuis que lutamos com os vermelhos.
- Certo!!!
- Vamos mudar de nome, o meu é Jaque.
- O meu..., o meu é Piter.
- Parker?
- Sim, Piter Parker.


Depois de muitas lutas imaginárias, de sons de bombas e lutas, corri para me esconder dos "inimigos", quando o Léo, digo, o Jaque, veio ao meu encontro e me perguntou:


- Piter, você ta vendo de verdade os inimigos?
- Sim, estou Jaque. E você?
- Eu também Piter!!!



Quem são:
Léo, 5 anos e
Paulo, alguns anos mais que 20.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Os materiais e os bebês

Navegando pelo Youtube, encontrei esse vídeo exatamente num período em que me encontro em meio a uma pesquisa sobre os bebês, sobre materiais, sobre experiências, sobre o que apresentamos a eles para apresentar o mundo.


E a partir desse vídeo, me recordo das palavras de Gianni Rodari, que nos lembra que um mesmo objeto, pode ter sentidos diferentes a um adulto e a uma criança.
Em seu texto, cita o exemplo de uma mesa. Para um adulto, a mesa já tem sua função, já está vinculada a um propósito, em suma, está convencionada. No entanto, esta mesma mesa, para a criança pode significar uma grande cabana, um palco, um tambor...

Por isso, ver este vídeo me faz pensar que uma folha de papel, não é só uma folha de papel. Parece que, para o bebê simpático que aparece no video, esta folha pode representar muito mais, acredito que isso ocorra pelo simples fato dos "começos". Começar alguma experiência pela primeira vez é algo de grande encantamento. Assim, a simples folha de papel se converte em um objeto de potência sonora, plástica, física e lúdica.


Nos últimos minutos do vídeo, o adulto, imaginando que é a "bagunça" com o papel que faz a criança rir, não percebe que o insólito, que o inesperado, que o contato com o papel, talvez o primeiro contato, é que para o bebê representa algo de interesse, de desejo e curiosidade. O bebê experimenta o papel, se sensibiliza potencialmente para sentir o papel, faz um verdadeiro exercício estético - um exercício de estesia com o papel, de abrir seu corpo inteiro para o papel - sem se preocupar se desse papel acontece isso ou aquilo. O que interessa realmente ao bebê, é a experiência.




O misterioso Paulo

Então...


O Eduardo achou que o misterioso era o Paulo...(eu)... e fez o retrato falado!



Quem são:
Eduardo, 5 anos e

Quem me contou:
Inara, alguns anos mais que 20.